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Leonardo Henrique - W.v.C
on sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
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Modelo aposta em bom desempenho para engrenar vendas no segmento de sedãs médios
A Renault quer colocar uma pedra em cima do fracasso de vendas do Mégane e começar uma história nova com seu substituto, o Fluence. O sedã médio francês chega ao Brasil em fevereiro do próximo ano de olho no terceiro lugar de seu segmento, atualmente ocupado pelo Chevrolet Vectra. Os líderes japoneses Toyota Corolla e Honda Civic dificilmente terão seu "reinado" ameaçado.
Apesar do porte grande e das linhas elegantes, o Fluence não consegue chamar a atenção pela aparência. No test drive realizado pelas ruas e estradas de São Paulo, foram raras as pessoas que notaram que ali estava um modelo ainda inédito no mercado nacional. De uma forma geral, o carro tem um desenho bonito e sóbrio que veio do Samsung SM3, o que foi possível graças a parceria entre as fabricantes na Coreia do Sul. O modelo, aliás, foi desenvolvido especialmente para países emergentes como o Brasil.
No interior o Fluence conta com um painel simples - ainda mais se for levado em consideração que o modelo testado custa R$ 75.900. Os comandos são intuitivos e estão ao alcance do motorista, que pode achar facilmente uma posição agradável para dirigir graças ao ajuste de altura do banco de até 7 cm e a regulagem de altura e profundidade do volante. Cinco passageiros viajam com conforto - o entre eixos é de bons 2,70 metros -, porém pessoas altas que viajarem no banco de trás podem sofrer um pouco com o espaço para cabeças em razão do caimento acentuado do teto.
Na hora de acelerar, o sedã francês é exemplar. O conjunto mecânico herdado do Sentra - fruto da join venture das marcas - oferece o motor 2.0 16V bicombustível (o do Mégane era apenas a gasolina) e câmbio automático CVT X-Tronic. O bloco conta com 143/140 cv de potência e 19,9/20,3 kgfm com etanol/ gasolina. Com este conjunto o Fluence acelera com vigor e sem qualquer "engasgo" do câmbio. Com o excelente isolamento acústico é possível chegar a 170 km/h quase sem se notar. A partir desta velocidade a comunicação entre rodas e volante fica um pouco imprecisa, mas nada que atrapalhe a boa dinâmica do modelo.
Nas curvas, o três volumes se sai bem novamente e fica sempre nas mãos do motorista. Caso o condutor abuse um pouco mais do carro entra em ação o controle de estabilidade e a paz é mantida. A suspensão, por sua vez, filtra bem as irregularidades da pista. A marca fala em zero a 100 km/ em 10,1 segundos e velocidade máxima de 195 km/h com o automático.
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