Em 2011, o mercado brasileiro de sedãs médios será especialmente movimentado, com diversas novidades programadas ou já apresentadas pelas marcas
O segmento dos sedãs médios é uma espécie de divisor de águas para o brasileiro. Quem chega lá, deixa para trás o mundinho apertado dos compactos e desfila seu status elevado e a nova condição de consumidor de – algum – luxo. Por esse motivo, as fabricantes investem na qualidade desses modelos. E, em 2011, o mercado de sedãs médios será especialmente movimentado, com diversas novidades programadas ou já apresentadas pelas marcas. Isso acontece apesar de um panorama desfavorável, onde há uma queda geral nas vendas do segmento desde 2008. Para se ter uma ideia, no ano passado, quando o mercado nacional bateu seu recorde de produção, foram vendidas 176.055 unidades no segmento de sedãs médios. Em 2009, foram 191.786 e, em 2008, 199.589 – melhor número já alcançado pelo nicho.
Mas a justificativa das marcas para lançar tais modelos é simples. "Este é um segmento de boa penetração e que faz a imagem da marca", explica Paulo Roberto Garbossa, consultor da ADK Automotive. E para conquistar o consumidor vale tudo. Desde garantia estendida até preços "camaradas", abaixo dos R$ 60 mil. "O consumidor de alto poder aquisitivo tradicionalmente fica com as marcas conceituadas que estão no mercado há muito tempo e que trazem o conforto de um produto de qualidade e de alta tecnologia", afirma Sérgio Reze, presidente da Fenabrave, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.O segmento dos sedãs médios é uma espécie de divisor de águas para o brasileiro. Quem chega lá, deixa para trás o mundinho apertado dos compactos e desfila seu status elevado e a nova condição de consumidor de – algum – luxo. Por esse motivo, as fabricantes investem na qualidade desses modelos. E, em 2011, o mercado de sedãs médios será especialmente movimentado, com diversas novidades programadas ou já apresentadas pelas marcas. Isso acontece apesar de um panorama desfavorável, onde há uma queda geral nas vendas do segmento desde 2008. Para se ter uma ideia, no ano passado, quando o mercado nacional bateu seu recorde de produção, foram vendidas 176.055 unidades no segmento de sedãs médios. Em 2009, foram 191.786 e, em 2008, 199.589 – melhor número já alcançado pelo nicho.
Só que o lançamento de veículos nesse segmento, em certos casos, vai além da questão de "agregar valor à marca". A Renault, por exemplo, mira no terceiro lugar de vendas, onde atualmente está o Chevrolet Vectra, atrás apenas do Honda Civic e do líder Toyota Corolla. O escolhido para "destronar" o três volumes da marca americana e fazer volume nas vendas da francesa é o novo Fluence, modelo recém-chegado ao mercado nacional que pretende emplacar 20 mil unidades ainda neste ano. "Nosso objetivo é realmente ocupar o lugar do Vectra. E, como é um mercado bem concorrido, vamos acabar ’roubando’ clientes de todos os concorrentes", explica Rodolfo Stoppa, gerente de marketing do produto da Renault do Brasil.
Renault Fluence
Inicialmente, a briga do Fluence deve ser com outro francês. O Peugeot 408 é uma aposta para o mesmo segmento e que utiliza o mesmo apelo de vendas: o custo/benefício. A fabricante, no entanto, mira no andar de cima. "Nós vamos entrar neste mercado para concorrer com os líderes, independentemente dos outros concorrentes", aposta Marcus Brier, diretor de relações externas da Peugeot. O 408 parte de R$ 59.500 em sua versão básica. Coincidência ou não, são R$ 400 a menos que o Renault Fluence. "A expectativa é vender 13 mil carros em um ano cheio e atingir 10% de participação no mercado", completa Brier.
No Brasil, quem não se atualiza fica para trás. Por isso mesmo, as duas fabricantes líderes do segmento prometem novidades para os seus modelos. No caso da Toyota, nada excepcionalmente novo, como foi visto com o Corolla em 2008. Mas terá uma suave reestilização, inspirada na nova versão apresentada em salões internacionais. O fato é que, para o consumidor brasileiro, mesmo pequenas modificações já soam como uma novidade. Portanto o sucesso do carro deve ser mantido. Já o Civic virá bem renovado – frente e traseira passarão por uma cirurgia para lhe dar um ar mais esportivo – de olho na liderança do segmento perdida no final de 2009.
Outra que vai se movimentar no segmento é a General Motors. A fabricante americana, que já foi referência de segmento entre os sedãs no Brasil, hoje quer resgatar sua importância com o Chevrolet Cruze. O três volumes desembarca por aqui provavelmente em agosto. Por enquanto a GM faz mistério e não revela sua estratégia de mercado, mas ele provavelmente deve ocupar o lugar das versões top do Vectra. Quem também prometem novidades são a Volkswagen e a Hyundai. A marca alemã já está fazendo uma verdadeira queima de estoque do Bora já em função da chegada de uma versão mais barata do Jetta, provavelmente a R$ 65 mil. Já a fabricante coreana aposta no Elantra de olho nos líderes de mercado.
Chevrolet Cruze
Instantâneas
# No Brasil, o novo Peugeot 408 aposenta de uma só vez o 307 sedã e o 407.
# O Renault Fluence já é vendido na Argentina desde o final de 2010. No país vizinho, o sedã parte de 86.900 pesos argentinos, cerca de R$ 38 mil. Por aqui, o Fluence mais barato custa R$ 59.900.
# A Chevrolet já prepara a produção do Cruze, em São Caetano do Sul, São Paulo.
# A Volkswgen dá descontos de até R$ 6 mil para o Bora, graças à proximidade da chegada do Jetta.
# O Citroën C4 Pallas é o maior neste segmento. O modelo mede 4,77 metros de comprimento e tem 2,71 de entre-eixos.
VW Jetta
Panorama inverso
Mesmo com a invasão de novidades no segmento de sedãs médios em 2011, nem todos os representantes desta briga receberão atualizações durante o ano. É o caso do C4 Pallas e do Ford Focus. O modelo francês é o atual quarto colocado em números absolutos de vendas, com 1.578 unidades vendidas no primeiro bimestre de 2011, e aposta em seu porte e imagem elegante para conquistar o consumidor. Já o Focus investe em preço e pacote de equipamentos. A Ford brasileira ainda não tem previsão, mas especula-se que até 2014 desembarque no Brasil a terceira geração do modelo, apresentada no Salão de Detroit em janeiro. A Kia entra no segmento com o Cerato, que a partir de R$ 55 mil aposta no preço para conquistar o consumidor.
Estes modelos têm a seu favor um mercado que reage bem quanto mais tecnologia embarcada carregam. Ou seja, atualizações mecânicas e visuais já não são fatores tão determinantes para a compra. E, nesse ponto, até os modelos que não são inéditos e sequer ganharam novas versões podem competir de igual no segmento. "Não é preciso modificar o design para incluir uma tecnologia de ponta. Isso qualquer um pode fazer independente de atualizar seu modelo", resume Paulo Roberto Garbossa.
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